terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A Idolatria de Imagens e Ídolos

O nome Jesus significa: Jeová é salvação. É um nome de origem grega, e o seu equivalente hebraico é chamado de Josué.

A expressão Cristo, também é uma palavra de origem grega (Christos), equivalente ao Hebraico Messias, cuja tradução quer dizer Ungido.

Como Cristo, Jesus era o Ungido de Deus, que aqui viria cumprir o tríplice ministério de Profeta, Sacerdote e Rei. Portanto a expressão Cristo está ligada diretamente ao seu tríplice Ministério, o qual havia sido anunciado por Deus, no Antigo Testamento, mas seria cumprido em períodos distintos e seqüenciais:

Como Profeta Ele viria para anunciar o reino de Deus, a Justiça e o Juízo vindouro, e convidar o povo à salvação. (Este Ministério Ele cumpriu nos três anos que antecederam a sua morte, após o que, transferiu para a Igreja, sob a direção do Espírito Santo, a missão de evangelizar o mundo);

Como Sacerdote, Ele viria para cumprir toda Lei, e se oferecer como Cordeiro imaculado, em holocausto a Deus, para remissão dos pecados de todo aquele que crer. (Este Ministério foi iniciado na cruz do Calvário, onde Ele consumou a expiação dos nossos pecados, e durará enquanto durar a Dispensação da Graça, sendo que durante este período Ele está soberanamente exaltado à destra do Pai, onde intercede pelos pecadores);

Como Rei, Ele virá para restaurar o reino a Israel, e reinar sobre a Terra por mil anos, estabelecendo depois disto, o Juízo final.

OS DEMÔNIOS E A IDOLATRIA 
Não é só através das manifestações mediúnicas que os demônios enganam os homens. A Bíblia mostra com clareza, que toda forma de adoração que não seja dirigida a Deus, é dada aos demônios (Lv 17.7; Dt 32.17; II Cr 11.15; SL 106.28,37; 1 Co 10.19-21; Ap 9.20,21; Mt 4.10).

Os demônios são também a força motriz que está por trás da idolatria (Lv 17.7). Adorar ídolos de pedra, de gesso, de madeira, de bronze, esculpidos segundo a imagem de homens, mulheres, animais, seres celestiais, ou que representem imaginários seres a que se atribuem poderes, é adorar falsos deuses (Rm 1.22-25), é adorar demônios (1 Co 10.14, 19-21). Eles querem adoração (Dn 5.23; Ap 14.9-11; 16.14; 19.20). Esta foi a causa da rebelião de Satanás: ele queria ser semelhante ao Altíssimo (Is 14.13,14), que é o único digno de honra, glória, louvor e adoração (Ap 4.11; 5.12,13).

Por isto, quando o Senhor Deus tirou a Israel do Egito, deu ordens a Moisés para que ensinasse ao povo que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, é o único Deus, e que eles deveriam pois amá-lo de todo o coração, e de toda a alma, e de toda a força (Dt 6.4,5).

Sobre o monte Sinai, o Senhor entregou a Moisés, os Dez Mandamentos, os quais foram escritos sobre pedra, por Deus mesmo, que os escreveu com o fogo que saía do seu próprio dedo (Compare: Ex 31.18, com Dt 33.2).

E exatamente no primeiro mandamento, o Senhor já proíbe a idolatria: 

Ex 20.2 – “Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”

.3 – “Não terás outros deuses diante de mim.”

.4 – “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.”

.5 – “Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.”

Neste mandamento de Deus, podemos ver que três ordens foram dadas aos verdadeiros adoradores:

1. Não fazer imagem de escultura, ou coisa semelhante que tenha figura de seres celestiais, terrestres ou aquáticos;

2. Não servir a tais imagens;

3. Não se encurvar diante delas.

Como podemos ver, são três proibições distintas, e qualquer delas implica no pecado da idolatria:

DEUS ABOMINA IMAGENS DE ESCULTURA

Quando a Bíblia diz para não fazermos imagens de escultura, não está se referindo exclusivamente às imagens que eram cultuadas na antigüidade. De forma alguma! A proibição é permanente. O mandamento diz para não esculpir, fundir ou pintar, figura de homem, de animais ou de seres celestiais. E isto é igualmente condenado no Novo Testamento (At 17.29; Rm 1.23,24).

Em nenhum momento a Bíblia abre mão desse preceito. Nada há em suas páginas que justifique a existência de imagens de escultura, fundição ou pintura num templo dedicado à adoração a Deus, nem mesmo que elas representem personagens bíblicos, ou seguidores do cristianismo, e não se chamem deuses, mas recebam títulos de santos. À luz da Bíblia, isto é honrar mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.21-25). É pura idolatria e é abominação ao Senhor.

A idolatria de Israel foi uma das causas da invalidação do concerto com Deus, e do povo ter sido arrancado da sua terra e enviado para o cativeiro (Ez 8.5-18).

Tais proibições são mantidas em toda a Bíblia, e nela está claro que Deus abomina os idólatras, e que todo homem que morrer nesta condição também será lançado no fogo do inferno (Ap 21.8; 22.15).

No Apocalipse está escrito que nos últimos dias, Satanás dará ordem para que seja feita uma imagem ao anticristo, para que todos a adorem (Ap 13.14). Com certeza a sua imagem será figura de homem, porque ele será um homem.

Mas também está escrito que Deus derramará da sua ira sobre todos os idólatras (Ap 9.13-21). 

AS IMAGENS DOS QUERUBINS SOBRE O PROPICIATÓRIO

Os seguidores da idolatria procuram justificar a sua fé abominável, alegando que Deus mandou esculpir duas figuras de Querubins para colocar no Propiciatório, sobre a Arca, no lugar Santíssimo do Tabernáculo. 

Mas os tais desconhecem o seu real significado:

1º) Quando Deus entregou a Moisés os Dez Mandamentos, que continham a proibição da idolatria, deu-lhe também as instruções para a confecção do Tabernáculo que seria o local da morada de Deus no meio de Israel (Ex 25.8,9);

2º) Tudo no Tabernáculo era rigorosamente confeccionado segundo o modelo apresentado por Deus a Moisés, porque ele era figura do verdadeiro Tabernáculo que está no céu, onde os salvos irão habitar eternamente com o Senhor (Ex 25.9, 40; Hb 8.5; 9.18-23);

3º) No lugar Santíssimo do Tabernáculo, na tenda da congregação, fora colocada a Arca da Aliança, que era o lugar onde repousava o trono de Deus quando a Sua Glória descia no meio de Israel. Por isto ninguém podia entrar ali, mas só o Sumo Sacerdote, e apenas uma vez por ano. 

4º) No interior da Arca, como testemunho da Aliança firmada entre Deus e Israel, estavam as tábuas da Lei, que o Senhor Jeová entregara a Moisés. A Lei era a vontade revelada de Deus, para santificar o homem. Entretanto eles não podiam cumpri-la, porque ela é santa, justa e boa, e o homem na sua natureza pecaminosa, é carnal, injusto e mal. Por esta razão, sobre a Arca, e servindo-lhe de cobertura, fora colocado o Propiciatório, tipificando o sacrifício de Cristo que seria imolado à Deus para propiciação pelos nossos pecados. Desta maneira, na Arca estavam tipificadas as duas Alianças firmadas entre Deus e os homens: 

1. a Arca tipificava a Aliança da Lei, firmada entre Deus e Israel;

2. o Propiciatório, que servia de cobertura para a Arca, tipificava a Aliança da Graça, extensiva à toda humanidade.

5º) o fato da Arca ser o lugar onde o trono de Deus descia; servir de testemunho da Aliança da Lei; e o Propiciatório tipificar a Aliança da Graça, justificam a presença das figuras dos Querubins, os quais estavam tipificando os verdadeiros Querubins que invisivelmente se encontravam ali, pelas seguintes razões:

a) Os Querubins são os eternos guardiões do trono de Deus, que descia sobre a Arca, e portanto os guardiões da Arca;

b) Sendo a Arca guardiã das tábuas da Lei, e sendo os Querubins guardiões da Arca, tornaram-se também guardiões de toda justiça e juízo decretados na Lei; 

c) E finalmente, tendo Deus colocado Querubins no Éden para serem guardiões da Árvore da Vida, para que os homens não tivessem acesso a ela enquanto na condição de vil pecador, a presença de suas figuras sobre o propiciatório indica que eles também tornaram-se guardiões da Aliança da Graça, uma vez que o Propiciatório, que servia de cobertura para a Arca, tipificava Cristo, a Videira verdadeira, cujo sacrifício expiatório trouxe de volta ao homem o direito à Árvore da Vida, mediante a reconciliação com Deus pelo sangue de Jesus que foi vertido na cruz do Calvário, e que abriu as portas da Graça para todo aquele que nele crer, inaugurando um novo e vivo caminho para os céus.

Assim, as figuras dos Querubins sobre a Arca, tipificavam os verdadeiros Querubins que eram guardiões do trono da Glória que descia sobre ela; da Justiça e do Juízo que estavam expressos na Lei, cuja cópia estava guardada dentro da Arca; e da Árvore da Vida, e Aliança da Graça, manifestas através do Senhor Jesus Cristo, que dá vida eterna a todo aquele que nele crê. 

Entretanto, tal alegoria só teve validade, enquanto durou a Dispensação da Lei (Hb 7.12,18; 8.1-5; 9.8,11,15; 10.9). Nesta nova Dispensação (Graça), Deus não habita em templo feito por mãos de homens, mas no coração do verdadeiro adorador (Jo 4.21-24; At 17.24-29; 7.48-50; 2 Co 6.16-18; Rm 8.9-11; Jo 14.16,17,23,26). Desta maneira, nos templos onde a Igreja se reúne para cultuar ao Senhor, não pode haver nenhuma figura humana ou de animais, ou de seres celestiais, quer em forma de pintura ou de escultura, ou de fundição, porque, segundo a Bíblia, isto é abominável aos olhos santos do Altíssimo.

Por amor a Deus, e em obediência ao seu mandamento que proíbe a confecção de imagens de escultura ou de fundição, eu particularmente, não aceito em minha casa, nem mesmo peças decorativas, independentemente de ser artigo religioso ou não, que sejam figura humana, ou de animais, ou de seres celestiais. A Bíblia diz que é melhor obedecer do que sacrificar (1 Sm 15.22).

A SERPENTE DE METAL QUE MOISÉS LEVANTOU NO DESERTO

Outra narrativa bíblica que os idólatras costumam citar para justificar a sua abominável idolatria, é a da serpente de metal que Moisés levantou no deserto, porque Israel havia pecado, e Deus enviou-lhes serpentes ardentes para matá-los (Nm 21.4-9). 

Mas Moisés intercedeu e o Senhor mandou-o fazer uma serpente de metal e levantá-la sobre uma haste, para que olhasse para ela todo aquele que fosse picado, a fim de ser curado.

Mas precisamos entender que, à exemplo do Tabernáculo, aquela figura também tipificava o sacrifício vicário de Cristo na cruz do Calvário, para perdão dos nossos pecados (Jo 3.14-19).

A serpente de metal tipificava o corpo do pecado, condenado à morte – Rm 7.23,24. (É o símbolo da condenação que paira sobre o pecador).

O ter ela sido levantada sobre uma haste, apontava para a condenação maior imposta pela Lei para os transgressores considerados malditos: morte através da crucificação (Dt 21.23).

Mas o fato de que todo aquele que olhasse para ela seria curado, apontava para a crucificação de Jesus Cristo, que veio ao mundo, em corpo do pecado, semelhante ao nosso (Rm 8.3), e aceitou ir para a cruz como maldito (Dt 21.23), fazendo-se maldição por nós, e morrendo em nosso lugar (Gl 3.13), a fim de nos resgatar (Gl 3.13; Rm 6.14; Cl 1.13; Rm 8.1, 11).

Com a sua carne cravada na cruz, Jesus cravou a cédula que nos era contrária (Cl 2.14,15), nos perdoou todos os pecados dantes cometidos, e nos libertou do domínio que o pecado exercia sobre nós, libertando-nos assim da servidão do pecado e aniquilando a Satanás, que é o que tem o império da morte (Rm 6.14), e é o líder dos demônios (Hb 2.14,15), a antiga serpente, e autor da tentação que provocou a queda de Adão (Gn 3.1-7; Ap 12.9). 

Assim, o julgamento de Satanás foi consumado na cruz do Calvário, pelo Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus (Jo 12.31; 16.11; Hb 2.14), o qual esmagou a cabeça da serpente (Gn 3.15; Jo 3.14-19; 12.30-33; At 2.34,35; Hb 2.8,9,14,15). Glória a Deus!

Portanto era este o real significado da serpente de bronze que Deus mandou Moisés levantar no deserto. 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Nascimento de Jesus


Antes de tentar responder a pergunta vale ressaltar que em nenhuma ocasião Jesus expressou a idéia de que seus seguidores devessem celebrar seu aniversário. Pelo contrário, em duas ocasiões quando as pessoas queriam enfatizar seus laços naturais (mãe e irmãos), ele rapidamente rebateu esta atitude, enfatizando a importância dos seus laços espirituais (os discípulos e todos aquele que ouve e pratica sua palavra) – Lc. 11:27,28; Mc. 3:31-35. Em outras palavras, ele não queria ser venerado como um grande astro e sim como o caminho pelo qual todos os homens poderiam chegar a Deus nas mesmas condições de filiação que ele tinha. É com este propósito que ele realmente instituiu uma cerimônia em sua memória, não um aniversário, uma vez por ano, mas “todas as vezes que o beberdes, em memória de mim (1Co. 11:25)”. Ele queria que lembrássemos dele sempre, não como uma figura histórica a ser homenageada, mas como o pão e o vinho da Ceia, que nos alimentam e nos dão o poder para tornar-nos como Ele. 

Guardando isto em mente e lembrando que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos (Dt. 29:29)”, podemos declarar que a Bíblia nos dá pistas quanto à época do ano em que Jesus nasceu sem contudo precisar uma data exata.
A dica principal encontra-se no evangelho de Lucas. Lucas era médico, e portanto, pessoa acostumada a tratar de minúcias, homem que devido à sua própria profissão se acostumara a ser meticuloso e detalhista. Pois bem: no primeiro capitulo do seu evangelho, no versículo 5, encontramos fatos que não podem encontrados em nenhum dos outros evangelhos: “Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão, e se chamava Isabel (Lc.1:5)”. Quero que anote esta expressão sublinhada: DO TURNO DE ABIAS. 

Continuando o relato nos versículos 8 e 9: “Ora, acontecendo que, exercendo ele diante de Deus o sacerdócio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar incenso”. 

O Espírito Santo insiste: NA ORDEM DO SEU TURNO. 

E ali, conforme os versículos seguintes, Zacarias teve uma visão de um anjo, que lhe disse que teria um filho. Pelo fato de não ter crido, ele ficou mudo; essa mudez constituiu um sinal de que aquela visão realmente fora de Deus. 

Lucas continua: “Sucedeu que, terminados os dias do seu ministério, voltou para casa. Passados esses dias (dias do seu ministério), Isabel, sua mulher, concebeu”. 

A conclusão a que chegamos até agora é a seguinte: João Batista, o profeta, o precursor de Jesus, foi concebido imediatamente após o período em que ocorria o “turno de Abias”, quando Zacarias voltou para casa e para sua esposa, depois de ministrar no templo.
Lucas 1:26-38 relata que um anjo visitou Maria, e ela “achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mt. 1:18). No final daquela visita, o anjo lhe disse: “E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril (Lc.1:26,36). 

Veja bem: agora chegamos à conclusão de que Jesus foi concebido seis meses depois de João Batista, ou seja, seis meses após o período ou “o turno de Abias”. (Veja o quadro no final do nosso estudo). 

O que é esse turno de Abias? Em que época do ano ocorre ? 

Para lhe responder, precisaremos voltar ao Antigo Testamento. 

No livro de 1º Crônicas 24, se apresenta a relação dos turnos em foram organizados os sacerdotes para ministrarem na casa do Senhor. Foi esta relação que originou a tabela do início do nosso estudo. Eles começaram a ministrar no tabernáculo de Davi, posteriormente passaram a ministrar da mesma forma no templo de Salomão, conforme verificamos em Lucas 1:5 e seguintes, esses turnos de sacerdotes continuaram a ser obedecidos na ordem devida até a destruição do templo de Jerusalém por volta do ano 70 A.D. Nos versículos 7 a 18 encontramos uma relação de vinte e quatro turnos de sacerdotes (lembre-se do 24 anciãos que João viu), distribuídos entre as vinte e quatro famílias de sacerdotes descendentes de Arão, que se sucediam ministrando na casa do Senhor. É fácil concluir que essa escala devia ser cumprida no decorrer do ano religioso ou litúrgico dos judeus. Assim sendo, obviamente cada turno de sacerdotes oficiaria durante quinze dias. “Saiu a primeira sorte a Jeoiaribe, a segunda a Jedaías, a terceira a Harim, a quarta a Seorim, a quinta a Malquias, a sexta a Miamim, a sétima a Coz, a oitava a Abias (1º Cronicas 24:7-10). ANOTE: O TURNO DE ABIAS ERA O OITAVO. 

Quando então começava a funcionar o primeiro turno? 

Esta interrogação é importante, pois como você deve ter desconfiado, da sua resposta vai depender a localização exata da época do nascimento de Jesus!
O primeiro turno começava a funcionar no primeiro mês do ano religioso dos judeus. – Mas pastor, quando era isso? Vejamos: “Disse o Senhor a Moisés e Arão na terra do Egito: este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano (Ex.12:1,2; 13:4; Dt. 16:1). “No mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a páscoa do Senhor (Lv. 23:5)”. 

O primeiro mês do calendário religioso judaico (mês de Abibe – Êxodos 23:15) coincide mais ou menos com o nosso mês de março (veja o quadro!). É fato bem sabido que a Páscoa é uma festa móvel, que cai em março ou abril. Ela é móvel justamente porque sua data não é marcada segundo o nosso calendário, mas segundo o calendário judaico, que se baseia no ano lunar (o nosso é romano, gregoriano). 

As pessoas que estão familiarizadas com os costumes modernos dos israelitas ficarão surpresas com esta constatação, pois na verdade os judeus dos nossos dias, em todo o mundo, comemoram o Ano Novo na data da Festa dos Tabernáculos (ou Festa das Trombetas), isto é, entre setembro ou outubro. Esta discrepância com a determinação bíblica se deve ao fato de que os israelitas, no decorrer dos séculos, por razões que não vêm ao caso neste estudo, mudaram o início do ano civil para o meio exato do ano religioso – a data da Festa dos Tabernáculos, e por isto existem dois inícios do ano judaico: o secular começar na Festa de Tabernáculos, no primeiro dia do sétimo mês do ano religioso (Lv. 23:23-25), e o religioso começa catorze dias antes da Páscoa (Celebrando a saída do Egito). Contudo, para nós as modificações feitas pelos homens nada nos interessam. Interessa-nos a Palavra do Senhor: “Este mês ( o mês de Abibe, o da Pascoa ) ... será o primeiro mês do ano (Ex. 12:1,2)”. Assim, o ano religioso começa a primeira festa Bíblica, Pácoa, enquanto que o ano civil começa com a terceira festa Bíblica, a Festa de Tabernáculos.
Com todos este dados em mãos, você agora deve estudar com atenção redobrada, o quadro que iniciamos este estudo, a fim de entender melhor. 

RESUMINDO... 

João Batista foi gerado logo depois do período em que os sacerdotes do turno de Abias serviam no templo, ou seja, no fim de junho ou começo de julho, em nosso calendário. Jesus nosso Senhor, foi gerado pelo Espírito Santo seis meses depois, isto é, no fim de dezembro ou começo de janeiro (provavelmente durante os dias da festa de Hanuká – a festa das luzes). Contando-se os nove meses normais de gestação, segundo estes cálculos cronológicos, Maria veio dar à luz ao nosso Senhor no fim de setembro ou começo de outubro – nos dias da Festa de Tabernáculos, no ano seguinte, ou sétimo mês do calendário judaico – o mês de Etanim (I Rs. 8:2). O sétimo mês judaico era marcado pela soleníssima Festa dos Tabernáculos, a terceira e última das grandes festas instituídas por Deus por intermédio de Moisés. 

A conclusão surpreendente a que chegamos é de que Jesus não nasceu nem poderia ter nascido em dezembro, nem poderia usar para nascer uma data de festividade pagã, como a Saturnália romana ou o natalis invicti solis , mas usou uma festa judaica, a Festa dos Tabernáculos, como ocasião para vir ao mundo. 

É importante notarmos a esta altura que estamos tratando com um Deus sábio e lógico, autor da matemática celeste e das ciências exatas, que determinou a órbita dos astros e dos elétrons com exatidão inestimável, e que não faz nada por acaso ou coincidência, nem é tomado de surpresa pelo desenrolar dos acontecimentos, pois é Onisciente.